domingo, janeiro 22, 2006

Presidencias 2006 - Hora de me deitar

Afinal nem valia a pena esta trabalheira toda... uma pessoas ouve "certos e determinados comentadores" e eles já sabiam desde o inicio que a culpa é do governo...

9 comentários:

Ricardo disse...

Já adivinhava que isso ia acontecer há muito tempo.

Escrevi, aliás, um texto sobre isso hoje.

Um bom descanso, dentro do possível, hehe!

Abraço,

Anónimo disse...

Não vale a pena desesperar daqui a cinco anos há mais. (Cavaco claro)
E vai ser um bom presidente, acreditem. jferraz

José Raposo disse...

Ricardo, infelizmente neste país a historia repete-se com uma assustadora cadência...

Ferraz, espero não o ver no grupo daqueles que daqui a algum tempo dirão nunca terem votado Cavaco... Tenho em crer que o Ferraz terá razão... será um bom presidente quanto menos se mexer e menos falar... o que para algum do eleitorado do professor será uma profunda desilusão...

Anónimo disse...

Ainda vivi no tempo em que os comunistas “comiam” crianças ao pequeno-almoço. 30 Anos depois de 74 existe para aí uma esquerda (o que é isso?) que pretende inverter os papéis. Isto é, a dita direita (o que isso?) passa agora para o lugar de papão. Como é possível ainda existir uma certa classe politica que tenta “vender” os fantasmas do passado. Como se fosse possível tal venda a uma faixa etária abaixo dos 45, aqueles que no 25 de Abril tinham 10/15 anos, que pouco conheceram o que foi o “papão fascista” e os “canibais comunas”. O meu conhecimento pessoal e político de Cavaco Silva permite-me fazer esta pergunta. Da tão desacreditada classe politica actual é possível encontrar alguém que inspire maior segurança na salvaguarda do regime democrático e de força de vontade para mobilizar para mudanças concretas e eficazes que o novo inquilino de Belém?
Quanto a mudar de camisola e renegar o que digo hoje, nem pensar.jferraz

Anónimo disse...

Confirmo que "nem pensar", com o Ferraz, não é para ele. E confirmo a advertência atrás feita, sobre ele "entrar por aqui adentro"... 'tás lixado, é como uma onda laranja que invade aqui os terrenos suburbanos! Já o novo presidente, pois, não deixarei de dormir descansado, também eu. No fundo, à parte alguns disparates que é capaz de fazer ao presumir-se interventivo, a (natural) ambição de um segundo mandato deverá mantê-lo relativamente sossegado ( e ele, como dizes, quieto e calado é que é bom...). O governo que também saiba gerir a coisa, que não lhe dê deixas, que isto "vai andando", no fundo vamos sempre "andando"... O problema do Cavaco (digo, senhor Professor, digo, senhor Presidente) para mim esteve na eleição, no significado profundo de algumas ideias da sua campanha, às quais a adesão representa para mim um retrocesso. Mas o homem é um democrata, descansemos sossegados, no fundo não passou de uma estratégia eleitoral (que tenha sido eficaz é problema nosso, que deveremos reflectir).

José Raposo disse...

O Ferraz que me perdoe mas arrepio-me sempre com esse discurso que não reconhece esquerda nem direita, que está por cima, pelos lados ou por baixo da politica mas nunca junto dela...

Essa foi a estratégia bem conseguida do professor mas nesta altura ainda não sei bem se os portugueses votaram nele apesar de saberem que se tratava de uma candidatura apoiada directamente pelo PSD ou se acham mesmo que se tratava de uma candidatura fora dos partidos.

De qualquer forma, e papões à parte que a esquerda tem criado para a direita e a direita apropriadamente tem criado para a esquerda, terá verificado que noutros escritos por aqui coloquei que não alinhei em golpes constitucionais nem em ajustes de contas com o 25 de abril ou com a maior importância destas eleições desde o 25 de abril, que é outra forma de dizer a mesma coisa.

No entanto a pergunta que me faz é de resposta impossivel, pois as nossas duas posições são inconciliáveis. O Ferraz vê em Cavaco uma distância higiénica da política e dos politicos actuais, vê seriedade a qualquer prova, vê iniciativa e uma vontade inabalável de mudar o país. Eu vejo comprometimento com a politica tanto como os restantes, vejo intriga palaciana (como alguns ex-ministros vieram confirmar com as razões mais ou menos concretas das suas saídas dos governos), vejo "cinzentismo" e falta de cultura na personalidade e pouca inovação e vontade de correr riscos na iniciativa (entre muitas outras coisas)

É capaz de ser melhor fazer essa pergunta aqueles que do centro-esquerda deram a vitória a Cavaco...

Anónimo disse...

Pois é Raposo até estou em quase total acordo com o teu comentario. Contudo, o tempo a alguem dará razão e por causa das duvidas daqui a cinco anos o povo, sempre o povo, voltará a dizer de sua justiça. jferraz

Nuno Guronsan disse...

Acho muito mal acusares o sr. presidente de "cinzentismo". Então como é que eu fico? Mudo o nome à coisa, é? Amuei...

José Raposo disse...

Amigo, o teu cinzento é um eufemismo o do Sr. Silva não...