Via: O Jumento
quinta-feira, setembro 28, 2006
The Reason Why
Via: O Jumento
Casa cheia
A sorte de ser o 80º, calhou a um distinto visitante italiano da cidade de Chieri, na provincia de Piemonte, que veio ao Suburbano pesquisar comboios (podia lá ser outra coisa).
Mais concretamente o post Material Circulante, colocado em Outubro de 2005, na sequência de um concurso da CP para uma viagem no famoso Expresso do Oriente.
Não ficou muito tempo, mas o que conta é a intenção :)
Re: Inventar a justiça
Afinal os computadores eram dois. O juiz decidiu a destruição do disco rígido de um deles, quando na realidade, outro juiz decidiu que eles não poderiam ser abertos.
Então façamos um jogo, atira-se dois pc's ao ar. Aquele que cair no chão tem de ver o seu disco rígido destruído e o que ficou na secretária pode ser devolvido ao seu dono. O juiz espera ter tido a sorte de mandar destruir o computador certo, mas a sorte pode ser madrasta.
Ora, querem fazer-nos crer que se por acaso fosse moeda falsa e/ou droga ela não poderia igualmente ser devolvida ao seu anterior proprietário, mas não só este argumento se torna absurdo com a destruição de apenas um dos computadores como a posse e a utilização de computadores portáteis ainda não se tornou ilegal. Logo porque não podem ser restituídos os dois computadores tal como estão desde o dia em que os inspectores da Judite disseram: “levante essas mãos do teclado”?
Não há respostas, faz tudo parte do processo de reinvenção da justiça pelos próprios.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Coliseu de Elvas!!!!
Não conheço bem Elvas, mas a ultima vez que lá estive fiquei com a ligeira impressão que talvez fosse útil pensar noutras coisas antes de um coliseu...
Mas não parece ser essa a ideia do autarca que dará nome ao Coliseu (onde é que eu já vi isto?? ahhh foi em Marco de Canaveses, mas era um estádio).
Além disso vai haver uma inauguração pomposa. Parece que esta espécie de praça de touros/sala de espectáculos polivalente está destinada a um qualquer show traje de luces/bimbalhada do La Féria que desta vez se chama mesmo festa ibérica, vá lá alguém perceber porquê.
Se a ideia é viabilizar o sítio com imensas vacadas e espectáculos transfronteiriços dos nuestros hermanos ali de Badajoz, então é melhor esperarem sentados.
Só pode ter uma ideia absurda como essa quem nunca foi a Badajoz, nem para uns caramillos.
Badajoz é uma cidade, Elvas não passa de uma aldeia na comparação.
Dedos especiais
A blogoesfera é um natural reflexo da sociedade, onde nem sempre as ideias são brilhantes, e a inovação não é propriamente uma constante.
Por isso é sempre importante chamar a atenção para aqueles que se destacam pela originalidade e pela qualidade.
É o caso do Foram-se os anéis - Um sítio onde tudo é contado pelos dedos.
Os livros
"Os livros não deveriam ser editados com o nome do autor... Assim acabavam-se as vaidades e evitava-se que essa gente toda da televisão escrevesse esses resíduos sólidos que vendem muito."
António Lobo Antunes
segunda-feira, setembro 25, 2006
Os pipis lá da rua
Cavaco Silva iniciou hoje uma visita a Espanha ofuscada pelo dia do Guerreiro Basco e mais tarde pelo anúncio que vem mais um infante ou infanta (para desgosto dos mais tradicionalistas) a caminho.
Numa justaposição entre a visita de Sócrates ao Brasil e a de Cavaco a Espanha, a imprensa deste dois países que julgamos próximos e historicamente ligados, ignorou totalmente estas duas visitas.
Em Portugal falou-se muito sobre a comitiva imperial que se deslocou ao Brasil, como se fosse a ultima grande oportunidade de fortalecer as relações entre os dois países, mas o interesse relacionado com o escândalo permanente em que se tornaram as eleições brasileiras não permitiu que quase ninguém percebesse que Sócrates estava por lá apesar do jogging no calçadão, e acabou por voltar de mãos vazias.
Cavaco vai a Espanha e apesar da invulgar e desinteressante entrevista (invulgar porque nenhum jornal português teve ainda esse privilégio e desinteressante porque apenas confirma as frases feitas a que já nos habituou) ao El pais, e Cavaco teria passado completamente ao lado da informação espanhola, cujos principais jornais deram prioridade a outros assuntos.
Apesar disso, e hoje à noite o Prós e Contras será disso um exemplo, deste lado da fronteira continuamos a brincar ao suposto federalismo e a tentar ver-lhe vantagens e defeitos quando em Espanha isso não é sequer assunto no que toca a Portugal mas sim às diversas nacionalidades espanholas.
Espanha tem o relacionamento que quer com Portugal e com os restantes países da união. É respeitada internacionalmente e sofre um grande desenvolvimento económico em que Portugal e os outros também ajudam, e não tem interesse nenhum em saber se aos portugueses agrada ou não terem os espanhóis como vizinhos. Era o que mais faltava que fossem os espanhóis a dizer-nos como deviamos ser um todo nacional, mas parece que queremos urgentemente que eles resolvam esse nosso problema.
Nós continuamos a não compreender que estamos casados com a Europa e por acaso Espanha é nossa vizinha, mas também faz parte da Europa que resolvemos integrar. Ainda assim, continuamos, felizes, a reinventar o fado do papão espanhol a quem demos um valente pontapé no cú há uns séculos atrás.
É triste o estado a que chegámos por incúria dos nossos governantes. Ninguém lhes liga em Portugal e muito menos no estrangeiro. Não conseguimos estar à altura dos países onde supostamente as relações históricas nos poderiam ajudar, e tudo acaba por se resumir aos gadgets com software made in Portugal com o preço dos pipis nos restaurantes lá da travessa do Possolo, que o nosso presidente pode dar ao único espanhol que realmente se importa com Portugal, que é o rei Juan Carlos.
Espanha pode ser uma prioridade, mas não é compreensível que nos portemos em relação aos espanhóis de forma estupidamente complexada como o fazemos. Espanha pode ser uma porta aberta desde que a saibamos utilizar e não uma ameaça como alguns querem alimentar até porque se fosse uma ameaça, não haveria muito que pudéssemos fazer, pois não?
POLIS oblige
O papel principal
Bin Laden é mais um peão que um líder nesta história mal contada do terrorismo internacional, mas serve um determinado propósito. É importante que exista um rosto, uma face visível do terrorismo que nos permita a nós ocidentais sabermos com quem é que afinal estamos a lutar.
Para as nossas consciências colectivas e para a nossa comunicação social seria impossível acreditar numa luta em abstracto contra gente que apenas reconheceríamos no momento (nem sempre televisionado) em que se fazem rebentar em qualquer transporte ou local público.
Lutar contra um inimigo sem rosto é muitíssimo pior do que saber que Bin Laden está vivo e de boa saúde mesmo que o seu papel actual não seja tão relevante como no passado.
Para a administração Bush é fundamental que Bin Laden viva, e muito menos que morra de tifo. Se Bin laden tiver morrido de uma qualquer doença de terceiro mundo isso representa uma enorme derrota para a estratégia da guerra contra o terrorismo e todas as opiniões públicas ocidentais se irão questionar sobre a utilidade desta guerra quando afinal os atentados continuarem com o suposto líder morto.
Pertence a Bin Laden o papel principal nesta guerra e todos queremos que assim continue.
domingo, setembro 24, 2006
Reflexões de fim de semana sobre as pessoas
É legítimo. Afinal todos nós a cada momento da nossa vida somos ao mesmo tempo correspondência directa com o que fomos no passado.
É justo. Cada um de nós vê-se frequentemente na encruzilhada de saber o que é melhor para a sua vida.
É simples. Independentemente das circunstâncias que unem as pessoas a vida fá-las seguir caminhos diferentes.
E daí e talvez não...
sábado, setembro 23, 2006
O milagre da multiplicação das facturas
Foi milagre. Não há qualquer dúvida. Aliás tem tudo o que é necessário para mais tarde o Papa beatificar Souto Moura.
Ou seja, não há qualquer justificação científico-criminal que aparentemente possa explicar o aparecimento das facturas detalhadas no 24Horas, logo se é inexplicável é porque é milagre.
Não questionamos a justiça (aqui está o dogma), nem a certeza das suas decisões.
Van Krieken foi o vidente a quem foi revelada a verdade pela divina providência, que contra ventos e marés sofreu e aparentemente continua a transportar as chagas dos mártires até ao final do julgamento. Mas no final será também beatificado no altar do jornalismo livre.
O demónio que tenta a justiça são todos os outros jornalistas, mal intencionados que pretendem questionar o mistério da fé.
Esperamos que o próximo pastor seja pelo menos mais rápido...
sexta-feira, setembro 22, 2006
Bom fim de semana
Desta vez deve ser um pouco mais húmido do que estamos habituados até porque com os calores deste verão já nos fizeram esquecer que havia de chegar a chuva. E chegou, mesmo no dia em que o Outono começou.
Como sugestão para este fim de semana temos a PETfil para quem gosta de animais.
Divirtam-se.
Avó
Mas como o texto acabaria por ser mais doloroso para mim, do que interesse teria para os restantes, resolvi não o fazer.
Prefiro dizer apenas que embora tenhas partido há seis anos, não há um único dia em que não me recorde de ti.
Fazes-me muita falta.
quinta-feira, setembro 21, 2006
A minha sentida Homenagem ao Blogger
Neste dia em que subitamente a morte se abateu sobre o sistema que permitia "postar" fotografias neste e noutros blogs, gostaria de expressar a minha sentida homenagem utilizando o sistema de postagem por e-mail da Flickr.com (a Yahoo! company), que aparentemente consegue saltar por cima das dificuldades do Blogger.
Momento pró-americano do dia
Conspiro que me farto
quarta-feira, setembro 20, 2006
Entretanto na Rua da Escola Politécnica
Souto Moura deve ter recebido as mesmas felicitações dos mesmos que agora elogiam Fernando Pinto Monteiro.
O problema está em que o ainda PGR interpretou o seu papel de uma forma mais interventora e não percebeu que os serviços que tutelava não tinham a flexibilidade e a rapidez exigida a uma criminalidade cada vez mais complexa, e muitas vezes acabou por ficar sem argumentos e sem razões que acompanhassem os seus entusiasmos iniciais.
De Pinto Monteiro espera-se muito. Provavelmente muito mais do que o próprio poderá alguma vez alcançar. O seu principal papel será na reorganização da casa e provavelmente a visibilidade do cargo não será a mesma. Mas essa é uma tarefa para a qual o poder político tem de estar disponível pois os procuradores gerais não fazem milagres.
O miolo europeu
Já quase ninguém se lembra do Líbano, mas esse foi o ultimo exemplo (aliás falhado, com uma ajuda considerável da França), em que a União tentou demonstrar que se trata de um verdadeiro projecto sólido mantendo uma posição coesa nas responsabilidades de uma força para o sul do Líbano. Não fossem as dificuldades em organizar essa força e até pareceria que éramos muito coesos e éramos um verdadeiro bloco a ter em conta.
O problema é que um projecto como o Europeu não pode viver de aparências e principalmente não pode viver refém dos interesses flutuantes das maiorias eleitorais dos países mais ricos.
Isso não vai ajudar à construção de uma base económica forte, comum a todos, não vai permitir afirmar que a Europa é um espaço de liberdade e de valores, e não vai deixar que sejamos um exemplo a seguir pela restante comunidade internacional.
O caso da Hungria está ai para o comprovar. Pela primeira vez um país que alegadamente conseguiu ultrapassar os rigorosíssimos critérios de adesão à União, vê-se envolvido em manifestações violentas nas suas ruas pela demissão de um governo alegadamente mentiroso.
A comissão Europeia e a generalidade dos deputados devem estar perplexos, mas a verdade é que não foi possível evitar os acontecimentos em Budapeste e ninguém sabe o que é que estiveram a fazer até aqui as agências europeias responsáveis pelo processo de integração. Não houve até agora qualquer iniciativa europeia ou comunicado para esclarecer o que realmente se passou e de que forma as autoridades húngaras podem ser ajudadas a ultrapassar as dificuldades em que o país se encontra. Não há reacção e para um país com apenas dois anos de adesão, estar nesta situação é capaz de não ser bom para o papel que a União espera desempenhar.
São estas falhas que não irão permitir que sejamos um exemplo para ninguém.
Ele já aí anda
Pelo segundo ano consecutivo os furacões resolvem dar uma volta por este lado do Atlântico. Parece que gostaram de aparecer por estas bandas. Esperemos que acabem por não gostar da nossa tradicional hospitalidade, mas se este ano também voltar a nevar... pode ser que as coisas estejam mesmo a mudar mais do que pensávamos...
O mito
Já está outra vez de malas aviadas para Bruxelas, se é que as chegou a desfazer. Isto da pequena política interna é muito maçador e continuam por satisfazer todas as expectativas criadas neste país sobre a sua pessoa.
Se de facto ele sabe que não poderá corresponder às expectativas então só resta esperar que resista ao apelos quando voltar a haver nevoeiro.
terça-feira, setembro 19, 2006
"Outage"
Não desapareci... O blogger é que não está a colaborar. Diz que o meu servidor está em "outage"... Só consigo escrever via telémovel. Melhores dias virão...
domingo, setembro 17, 2006
Coisas da Sábado fora de tempo ou o erro de Pacheco Pereira
Apesar de concordar por princípio em não aceitar tudo conforme me apresentam e apesar de ter perdido, nos últimos cinco anos, qualquer expectativa de realmente se estar a travar uma luta contra o terrorismo, o documentário em causa tem incongruências graves que uma análise superficial rapidamente reconhece.
Ainda assim, coloca questões científicas interessantes:
- Como se espera acreditar que um avião inteiro seja reduzido a pó em temperaturas inferiores aquelas que provocariam a fusão dos seus materiais, mas ainda assim conseguir identificar-se o ADN dos seus passageiros?
- Porque razão o nível de estragos não é equivalente à destruição provocada pelo mesmo tipo de objecto noutras circunstâncias?
- Como é possível que dois edifícios com cento e tal andares se desfaçam até ao nível do chão em 10 segundos, quando foram atingidos em apenas 8 dos seus andares?
- Como foi possível existirem diversas chamadas de telefones móveis dos aviões sequestrados, tendo em conta que na altura os aviões não estavam equipados com essa tecnologia, e muitos ainda não estão?
Entre outras questões validas, como a relação que todos calculamos existir entre os Estados Unidos e Bin Laden desde a invasão Soviética do Afeganistão.
O problema não está em colocar as questões, está em tirar conclusões que não são suportadas por provas. O documentário é suportado com base nas conclusões que à priori os seus realizadores já possuem. É por vezes confuso e narrado em tom jocoso, e acaba por se enrolar em algumas incoerências.
Em primeiro lugar os factos. A generalidade dos factos, são interpretados de forma a suportar uma única conclusão e não deixar qualquer possibilidade de poderem ser interpretados de forma a que alguém independente pudesse chegar a outra conclusão.
O caso mais flagrante é quando são indiciadas movimentações anteriores ao 11 de Setembro que segundo os realizadores indiciam que havia pessoas que sabiam da preparação dos atentados e que por isso não se teriam deslocado de avião, ou teriam comprado ou vendido acções. Não há qualquer entrevista ou qualquer facto que suporte estas afirmações.
Mais, todos os relatos apresentados só se referem aos que consubstanciam a teoria da conspiração e nunca revelam o que os restantes relatos informam. É como se subitamente tivessem sido ouvidas 15000 pessoas (certamente terão sido milhares) e por alguma razão completamente estranha ao espectador, apenas devemos acreditar em 6 que referem terem visto coisas e acontecimentos que mais ninguém viu.
Outra incoerência surge na exploração da ideia de que as torres caem perante a existência de mais explosões. Não consegui perceber quantas tal é a confusão em que se enrola o documentário nesta parte. Ouvem-se cassetes de vozes de bombeiros a referir não poderem progredir devido a uma segunda explosão. Ouve-se uma gravação áudio de uma reunião em que após o impacto inicial do primeiro avião fica registada, 9 segundos depois, uma segunda explosão tão ou mais forte que a primeira, e a única pessoa entrevistada em todo o documentário (um porteiro) refere que primeiro ouviu uma explosão na cave onde imaginou tratar-se de um gerador e só posteriormente ouviu uma explosão nos andares superiores, que seria então o impacto de um avião.
Ora, além de estas informações serem contraditórias, não são compatíveis com a presença de bombeiros dentro da torre, pois não conseguiriam lá chegar em 9 segundos. Então a que explosões se referem os bombeiros?
Tenta fazer-se crer que houve uma demolição controlada das torres, apesar dos dados apontados em nada se assemelharem às demolições que o próprio documentário apresenta, só porque uma pessoa, uma única pessoa, declarou ter visto clarões e um som crepitante indicativo de demolições controladas.
Onde é que estavam todas as outras pessoas que se encontravam em quarteirões próximos da baixa de Manhattan e que não viram e não ouviram nada semelhante?
Estou convencido que se o acaso não tivesse permitido que dezenas, senão centenas, de cadeias de televisão, tivessem transmitido em directo os ataques às torres, e estariamos hoje a discutir se tinham mesmo sido aviões a embater nas torres.
Pacheco Pereira, ao longo dos últimos dias e também na última Sábado, fala sobre a criminalização das vítimas perante este embuste da teoria da conspiração que compara aos tipos que escrevem a negar o Holocausto (é melhor pôr aqui uma maiúscula…).
Mas Pacheco Pereira está errado quanto às conclusões que retira na sua opinião. Segundo ele a RTP não pode, ou não deve, tornar sérios este tipo de documentários em comparação com os outros sérios que divulgou ao longo da semana. Para Pacheco Pereira a RTP não pode contribuir para o branqueamento da história sem dar a este documentário um enquadramento próprio que não deu aos restantes documentários.
Pacheco Pereira erra por várias razões. A teoria da conspiração é a torre gémea da democracia (já cá faltava...). Ela só existe porque vivemos em democracia e é o exercício dessa democracia que permite à RTP transmitir esse e outros documentários e fazê-los acompanhar de debates onde inclusivamente o Pacheco Pereira participou. A memória das vítimas só pode sair honrada pelo esclarecimento cabal destas teorias e nada melhor para o fazer que a sua exposição pública.
É o exercício dessa democracia que me permite a mim, não alimentar teorias de conspiração baseadas num qualquer obscuro vídeo na Internet e que por último me permite escrever este post desmistificando a informação que anteriormente me tinha chegado sobre estas supostas teorias. E tudo isto porque a RTP transmitiu esse documentário e eu o pude ver e analisar.
sábado, setembro 16, 2006
Eu tentei
Eu tentei. Mas é legítimo que um gajo que passou a semana toda a trabalhar, queira dormir até mais tarde e que acabe por só sair de casa depois do almoço.
Por isso não consegui comprar o "Sol"... Vai uma grande escuridão na minha vida :)
De qualquer forma dei uma volta pelo site que me pareceu bem organizado, embora com menos informação do que provavelmente terá o jornal e muito menos do que geralmente acontece com o site do Expresso.
Tem a interessante possibilidade de se fazer registo e aceder a um blog e à colocação de comentários, assim como participar nos fóruns. Este vosso amigo claro que já lá está registado...
Lados
O movimento dos não-alinhados ainda faz algum sentido? É que a maioria dos países que o compõem parecem ser um bloco muito bem alinhado, onde o discurso por um mundo melhor e mais justo, parece perder-se na demonstração dos arsenais nucleares.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Kandahar
Acho que Portugal pode, e se calhar até deve, estar presente no Afeganistão porque apesar da estupidez que tudo isto me possa parecer, o povo do Afeganistão não pediu nada disto e pode querer aproveitar a oportunidade para mudar um país destruído por décadas de conflitos.
O que não me parece razoável é deixar-se passar a ideia de que a mudança do contingente português de Kabul para Kandahar é algo da mais completa normalidade militar e que nada mudou na intervenção da Nato neste país.
Kandahar não é Kabul. No Afeganistão, ao contrário do Iraque, a capital é a zona mais segura do país e Kandahar fica na zona sul, mais próximo da fronteira com o Paquistão, perto das montanhas onde se disputa ferozmente com os talibãs.
Não é razoável que a maioria dos meios de comunicação social portugueses tenham passado ao lado da alteração substancial do papel da Nato no Afeganistão, que os mais atentos já repararam entrou numa fase de reforço e confrontação directa com os militantes talibã nas montanhas.
Não é razoável que não nos seja esclarecido pelo governo que esta transferência de militares portugueses faz parte de um aumento do número de militares da Nato envolvidos em operações no sul do país, e não é aceitável que nos queriam fazer crer que tudo isto é muito natural.
A meu ver existem motivos de preocupação acrescidos e convêm que o país esteja preparado para eles. E isso só se consegue com transparência na informação veiculada.
quinta-feira, setembro 14, 2006
Mar vermelho já tem inquilino
Foi inaugurada hoje a nova sede da Agência Europeia de Segurança Marítima, no edifício Mar Vermelho, no Parque das nações.
Esta não é uma foto original do edifício, mas sim a sua versão computorizada. Nesta não se conseguem ver os enormes vasos de manjericos (entre outros) que ornamentam estas varandas...
Vamos ver se a deslocalização de Bruxelas para Lisboa vai ajudar a prevenir casos como o do Prestige.
De volta ao TGV
Como ambos partilhamos do gosto pelas viagens tivemos conhecimento de uma nova companhia aéreas (a Clickair), subsidiária da Ibéria, que se propõe a fazer viagens de Lisboa para Barcelona por 5€ mais taxas. Qualquer coisa do tipo: menos de 30€ ir e vir para Barcelona e outros destinos.
Já anteriormente falei aqui do TGV. Sou a favor da construção do comboio rápido, pelo menos no que toca à ligação prioritária a Madrid e daí ao resto a Europa, mas não a qualquer preço.
Antes de mais, na altura em que escrevi este post, julgava ser importante tomar uma decisão definitiva. Ou se faz ou não se faz. E acabar de uma vez por todas com a discussão estéril sobre que tipo de meios de transporte o país vai ter para se ligar ao resto do mundo.
Tinha dito anteriormente que a ligação, ou melhor, as ligações ferroviárias que temos a Espanha são no mínimo tristes. Uma pequena amostra do que poderá ser uma descida aos infernos.
Disse que a criação de uma linha de TGV a Madrid insere-se numa lógica europeia de ligações transfronteiriças e que o valor a pagar era comparticipado em grande medida por fundos europeus tal como acontece em relação a outros projectos que a comissão europeia pretende tornar comuns ao espaço da União.
No entanto parece que pelo menos a possibilidade de inserir o projecto da linha Lisboa-Porto já não vai beneficiar de qualquer apoio especial para as redes transeuropeias e por isso é preciso repensar se faz sentido ter apenas a ligação Lisboa-Madrid por TGV, se a ela não corresponderem outras ligações dentro do país como a de Lisboa- Porto. Isto porque a existência de uma rede nacional é complementar à ligação internacional e pode em grande medida facilitar a sua viabilização económica.
quarta-feira, setembro 13, 2006
terça-feira, setembro 12, 2006
Ficheiros Secretos
Cada vez que Carmona tenta refazer, mexer ou alterar uma obra, é sinal que ela na realidade está parada, embargada, não licenciada ou adiada sine die.
Afinal o Parque Mayer e o projecto Frank O. Gehry ainda mexe, não se sabe é para onde.
A alteração do projecto vai custar 120.000 euros mas de acordo com o autarca não se vai gastar um tostão com a construção... estes 120.000 mais os anteriores são do bolso de Carmona...
É o estado da capital e nem sequer ainda começou a polémica que promete arrasar o projecto de Norman Foster para Santos.
Touché
É o caso do anónimo do costume aqui do burgo e neste caso também no Dolo.
Como comentário a este meu post no Dolo, o anónimo costumeiro deixou esta frase que resume todo o pensamento doutrinal do novo século americano...
"A segurança é a torre gémea da liberdade" :)
Update das14:43 - Confundi erradamente a expressão de Sua Excelência com uma ironia do caríssimo anónimo do costume. Corrigido o erro preferia ter continuado a achar que era uma ironia do anónimo do que um excerto da carta (nada irónica) enviada ao Bush. Pelos vistos o nosso Presidente acredita mesmo que "A segurança é a torre gémea da liberdade"... Resta perceber que segurança e como se relacionam as duas.
Pacto na justiça (4)
No fundo todos sabemos que esta gente da "Judite" é muito preguiçosa e só não há mais condenações porque ninguém antes se tinha lembrado desta medida estruturante das promoções.
Para quando mais pactos como este, apoiados e fomentados pelo Sr. Presidente à imagem dos inúmeros pactos alcançados pelos seus governos?
Viva
Viva a visão maniqueísta do mundo. Agora basta passar pelo Pingo Doce e ver o que está em promoção. A escolha é simples: ou escolhemos o lado dos bons ou dos maus. Ou escolhemos apoiar ou ser inimigo. É nisso que se transformou a liberdade de escolha.
segunda-feira, setembro 11, 2006
Naquele dia...
Mas nessa altura já nada voltaria a ser como dantes num mundo que parecia ter encontrado um caminho no inicio do novo século.
Desde esse dia, em incidentes directamente ou indirectamente relacionados, morreram milhares de pessoas e muitos mais milhares ficarão marcados para toda a vida.
domingo, setembro 10, 2006
Madrecita, que haces ahí debajo???
Almodovar é sempre surpreendente, mas está a perder o jeito de manter as suas intrigas até ao final…
Não se explica porque se gosta de alguma coisa e eu não consigo explicar porque gosto dos filmes do Almodovar. Será das cores garridas, das mulheres fortes e ao mesmo tempo sofridas, dos temas comuns, da música ou do choque de uma Espanha moderna e inconvencional com um tradicionalismo com que a primeira choca, mas que nos filmes de Almodovar parecem conviver? Talvez…
“Volver” não é um espanto, mas alguns filmes de Almodovar são, o que é mais do que se pode dizer de muitos outros realizadores.
Nesta fase em que o realizador parece exorcizar partes da sua vida, o regresso de uma mãe morta é afinal um pretexto para se falar da morte, da vida e como afinal a história se repete apesar de não estarmos atentos.
Em Volver, a morte não pesa nada, é mais ritual que dramática, ninguém parece sofrer com a morte e tão simplesmente a aceita e prepara como a coisa mais natural da condição humana. É ritualista, obedece a talhões e lápides bem esfregados e serviços fúnebres pagos em adiantado para evitar incomodar familiares.
As personagens obedecem a uma habitual lógica do realizador que com mestria torna vítimas em responsáveis por odiosos acontecimentos no passado, mas com os quais nos conseguimos identificar moralmente. Uma espécie de “poetic justice” que só estaria completa com o purgatório a que estão sujeitas estas mesmas personagens numa tentativa de expiarem os seus pecados.
Não revelo mais, só indo ao cinema porque vale a pena :) Até lá, fica o gosto aguçado pela música...
Também disponivel em "As canções dos meus dias "
sexta-feira, setembro 08, 2006
Agenda
Amanhã à noite no Parque das Nações realiza-se pela segunda vez o Mundial de Pirotecnia que também vai animar os restantes fins-de-semana de Setembro.
Desde quinta é incontornável a estreia do último filme de Almodovar, Volver (para os mais aficcionados)
Marisa Monte volta muitos anos depois ao palco do Coliseu neste sábado e domingo.
Também amanhã mas à tarde decorre o Red Bull Flugtag junto à torre de Belém para quem quer ver figuras tristes.
No São Carlos termina o Festival de Flamengo que tem vindo a decorrer desde dia 5.
Bom fim-de-semana
Pacto na justiça (3)
O PCP e as FARC (2)
quinta-feira, setembro 07, 2006
Pacto na justiça (2)
O PCP e as FARC (só para aparecer nas pesquisas)
Independentemente da essência, quem ataca e rapta pessoas, está geralmente a violar leis e logo é criminoso.
Agora a questão do PCP se relacionar, reconhecer ou até apoiar movimentos com estas características só tem paralelo no relacionamento, reconhecimento e até apoio americano a movimentos com estas características, mas de sentido contrário, os quais não me recordo de ouvir o CDS criticar.
Afinal já me apetece abordar a essência, mas não lhes consigo ver diferenças.
Pacto na justiça
E agora como é que o PSD vai resolver aquele problema da arrogância demagogo-propagandística do Governo, se aparentemente até fazem pactos?
Questões pendentes
O meu interesse é mais estético do que financeiro, mas não é de desprezar as maravilhas que podem fazer por uma casa um jardim a 20m, um centro cívico e cultural a 150m e um interface rodo-ferroviário a 400m.
Mas neste tipo de projectos são frequentes as dúvidas e as questões das populações locais que muitas vezes derivam de um desejo deliberado de não se informarem, porque isso anularia a parte mais interessante das obras que é controlá-las e criticá-las até à exaustão.
Mas mesmo assim, e apesar de me considerar minimamente informado sobre o projecto Polis, há algo que me começa a intrigar, não tanto pela continua permanência no mesmo local de sempre do edíficio em causa, mas mais pela longa demora na resposta da Polis às perguntas que lhes enviei por mail.
Ora vamos lá por partes. Esta é a minha zona. Aquela parte arborizada à direita foi em tempos o JIP e neste momento está já completamente arrasada. É (se olharem com atenção) atravessada por um ribeiro cujo leito as obras se propõem regularizar. Esta zona vai ser parte substancial do tal jardim que fica a 20m da minha porta.
Do bloco de edifícios de diferentes volumetrias (algo muito habitual no Cacém), assinalados a vermelho, todos já foram demolidos à excepção do que marquei a verde.
Ora aí está o problema. Não querendo ceder à tentação da coscuvilhice que rodeia sempre estas obras, pareceu-me estranho que à volta deste se tivessem demolido todos os edifícios e este se mantenha de pé.
Além de ser um edifício dos antigos TLP que mais parece um bunker, tal é a semelhança das janelas com as do CCB, fica no campo visual da minha janela e a sua manutenção não consta do plano original do POLIS.
Não quero ser alarmista, mas a ausência de resposta da sociedade CacémPOLIS sobre esta matéria começa a preocupar-me.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Não!!! A sério?
Quando uma pessoa está a pensar tornar-se um daqueles americanos primários e apoiar cada inteligente medida vinda de Washington e eles desatam a revelar as mentiras.
Nunca imaginei, mas o Bush é igualzinho ao Clinton.
Afinal o outro teve “sexual intercourse” com a estagiária, e este afinal tinha mesmo prisões ilegais no estrangeiro. Estou chocado. Não se pode confiar nesta gente.
Nacional - Parolismo
Se fosse comando Qatariano, Burkina Fasense, Somali ou nepalês, tudo bem, agora Espanhol é que NUNCA.
É como dar o ouro ao bandido, é como se de repente todas as nossas virgens fossem desfloradas por esses malfeitores que quase se babam ao falar, tamanha é a volúpia dessa gente.
Já fomos grandes e psicologicamente continuamos ligados à realidade do Império. Muito embora muitos de nós não conheçamos mais de Espanha, ou até do resto do mundo, além dos caramelos em Badajoz ou dos casacos de pele em Ceuta (que tb já foi nossa) continuamos a imaginar-nos de um tamanho que na realidade nunca tivemos, fazendo eco do “Minho a Timor” mesmo que isso nunca tenha trazido nada de particularmente útil aos portugueses.
Vivemos colectivamente a "Dor do Membro Fantasma", e isso obriga-nos a tomar posições idiotas sempre que julgamos estar em causa algum aspecto da nossa soberania.
Instigamos políticos à porta de ministérios a responder à questão de quem nos comandará no terreno, e acusamo-los de nos negarem o óbvio quando afirmam ainda não estar nada decidido.
Preocupamo-nos com quem nos comanda no estrangeiro, mas não percebemos quem nos comanda em casa.
O Império finou-se e é bom que nos convençamos disso. O Império Espanhol também se finou e há bem mais tempo que o nosso e talvez por isso mesmo a Espanha é neste momento um país moderno e desenvolvido e a sua ameaça é tudo menos militar.
terça-feira, setembro 05, 2006
Um apelo à FIFA
segunda-feira, setembro 04, 2006
O regresso ao habitual
É difícil ter-se os mesmos desejos e anseios daqueles que nos estão geograficamente próximo e depois não ter as mesmas oportunidades e as mesmas facilidades.
A experiência valeu pelas pessoas que conheci e a quem desejo os maiores sucessos nesta nova etapa das suas vidas. Para alguns será a oportunidade que ainda não tinham tido e sei que vão fazer os possíveis para que tudo lhes corra pelo melhor.
sexta-feira, setembro 01, 2006
Mais coisas cretinas...
E ainda dizem que vem aí a retoma... sem bandeiras com pagodes chineses e sem alienação colectiva como é que este país vai para a frente?
Coisas cretinas em resultado de excesso de trabalho
Como é que eles fazem aquelas coisas? Qual é a probabilidade de a uma qualquer noite de uma qualquer dia eu chegar às tantas a casa e atravessar uma zona urbana de Lisboa, Amadora e Sintra e não ver ninguém a fazer graffitis?
Concluí que as paredes, os muros e os painéis que protegem do som nas auto-estradas já são fabricados com graffitis. É uma nova forma de os levar à extinção.
Se todos os locais disponíveis já estiverem grafitados não haverá mais locais onde os grupos possam deixar a sua marca, o que em termos de evolução natural resultará na sua extinção.
É quase como os carteiristas em Barcelona... (private-joke para outras núpcias...)
Suburbano em obras
A coisa lá vai andando mais por carolice e por não me querer autorizar a deixar isto a meio para não ficar com o complexo das coisas a meio que muitas vezes afecta a minha vida. E aos poucos aproximamo-nos do segundo aniversário do Suburbano.
Por isso vão haver novidades, mas nos próximos tempos vão haver também algumas obras para dar outro ar à casa. Por isso se eventualmente houver algum link que não funciona ou alguma coisa que aparece fora de sítio, é perfeitamente normal.
Para outras novidades (que o Guronsan, optou por ainda não divulgar) passo a estar a partir de 4 de Setembro com o camarada supracitado no blog As Canções dos meus dias. Blog criado pelo Nuno como uma espécie de banda sonora do dia-a-dia.